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Futebol
28 junho 2025, 04h02
Bruno Lage
Na conferência de Imprensa realizada no palco da partida ante os londrinos, o treinador das águias garantiu que a equipa tem um "conhecimento profundo" da forma de jogar do adversário e que terá de "colocar em campo a sua qualidade coletiva e individual" de modo a superar uma eliminatória que, acredita, está "50/50" a nível de percentagem de favoritismo.
Reforçando a necessidade de manter os níveis de agressividade exibidos na vitória (1-0) sobre o Bayern Munique, na 3.ª jornada do Grupo C do torneio organizado pela FIFA, o comandante encarnado vê a equipa "preparada e motivada" para fazer um "excelente jogo" e continuar a "valorizar e a prestigiar", ainda mais, o nome do Clube além-fronteiras.
O anúncio da renovação de Otamendi também foi destacado por Bruno Lage, que revelou estar "muito contente" pela permanência do capitão por mais uma temporada.
Como está a equipa? Que jogo espera frente ao Chelsea?
A equipa está com enorme ambição de seguir em frente na prova. Sabemos que é difícil, mas não é impossível. É um jogo e, neste momento, temos um conhecimento profundo da forma como o Chelsea joga. E, uma vez mais, sinto que preparámos o jogo muito bem. Por isso, é amanhã [sábado], à hora do jogo, nós pormos em campo tudo aquilo que são as nossas forças, a nossa qualidade, quer coletiva, quer individual, porque, como disse, sinto a equipa motivada e com uma enorme ambição de seguir em frente na prova.
Ficámos a saber que Otamendi vai ficar, pelo menos, mais um ano. Gostava de lhe perguntar se também tem a garantia de que Tomás Araújo e António Silva, que têm tido muito mercado, ficam para a nova época.
Acredito que sim. Neste momento, não há nada que aponte o contrário, mas o mais importante hoje é falar realmente do Nico [Otamendi]. É com enorme prazer que aqui falo sobre o Nico, porque quase recuo nove meses e recordo a minha primeira conferência, e quais eram as questões à volta do Nico. Hoje, é realmente com agrado que, finalmente, se concretizou a vontade de toda a gente – a vontade do Clube, a vontade do capitão, e claro, também fico muito contente por o Nico ter renovado.
Prestianni tem jogado, e fiquei com a ideia de quem tem sido um pouco menos vertical do que o conhecíamos, mas mais comprometido, talvez, com as transições da equipa. Não sei se a ideia está correta, se lhe pede esse tipo de coisas, e pergunto-lhe se é um jogador que pensa potenciar no plantel da próxima época.
Sim, está nos nossos planos. Aquilo que eu tenho dito ao longo do tempo: nós temos um plano para toda a gente, eu tenho um plano para toda a gente, e em particular para os jogadores jovens, é fazê-los evoluir. Ele sabe muito bem quando trabalhámos com ele para fazer com que o seu jogo defensivo se aproximasse da sua qualidade ofensiva. O último jogo: ele partiu de um posicionamento, e a partir dali poder ligar o jogo, poder fazer movimentos verticais, poder colocar todo o seu talento ao serviço da equipa. Mas, quando não temos bola, tem de ser mais um a trabalhar para a equipa, e realmente fiquei muito satisfeito com os 45 minutos que ele realizou. Ajudou a equipa a fazer um bom jogo e a vencer. Cabe-lhe aproveitar todos os momentos e, aquilo que é mais importante também, consolidar a sua evolução, que não seja a espaços, mas, sim, que a cada vez que seja chamado consiga confirmar com exibições como aquela que fez no último jogo.
"Sinto a equipa motivada e com uma enorme ambição de seguir em frente na prova"
Bruno Lage
Disse que tem um plano para toda a gente. Também tem um plano para Renato Sanches? É um jogador com o qual gostava de contar na próxima época?
Quando eu falo em plano, é o quê? É nos olharmos para o jogador e perceber, em termos individuais, como é que ele pode crescer. Ajudá-lo, quer em termos técnicos, táticos, físicos... Eu tenho esse cuidado, se calhar porque vem do meu passado, da formação, e tenho sempre esse cuidado de olhar para o jogador e como fazê-lo evoluir em termos individuais. E isso é transversal, independentemente da idade. Vou-lhe dar um exemplo. Quando falamos com o Di [María], "provocamo-lo": "O que é que tu ainda podes fazer melhor?." E há determinados apontamentos que, às vezes, é o jogador que nos diz aquilo em que acha que pode evoluir. Independentemente da idade, temos esse plano para cada jogador. Falando do Renato [Sanches] em concreto, o que é que foi importante? Foi o que ele fez no último jogo [contra o Bayern], aquilo que ele está a fazer no Campeonato do Mundo. Fez uma excelente exibição, deu-nos a garantia, numa posição, de ter qualidade de bola e de conseguirmos ter construções mais prolongadas. Conseguir rodar o jogo de um corredor ao outro, e foi assim que nasceu o 1.º golo [contra o Bayern]. É isso que eu quero dos meus médios. Por isso, está num bom momento, fez um bom jogo e vamos concentrar-nos naquilo que é o Campeonato do Mundo. No momento em que tomarmos as decisões, vamos comunicar. Hoje [sexta-feira], já comunicámos uma [renovação de Otamendi], e, em breve, com certeza, vamos comunicar outras mais.
Quando vê Di María começar um contra-ataque, como fez frente ao Bayern de Munique, o que lhe vem à cabeça? O que espera?
Que contra-ataque?
A transição ofensiva da equipa...
Vi que algumas pessoas disseram que marcámos o nosso golo numa transição ofensiva, mas não marcámos o nosso golo numa transição ofensiva. Marcámos o nosso golo em construção. Foi após uma falta, começámos pelos nossos defesas, chamámos a pressão, fomos da esquerda para a direita e marcámos um grande golo. Di María não é só um jogador de transições. Ele traz qualidade à equipa, e não só no momento ofensivo. Desde que estou aqui, as pessoas falam muito disso, mas, uma vez mais, ele provou contra o Bayern Munique que, sem bola, é um jogador de equipa. E fez um jogo fantástico contra o Bayern Munique, ofensivamente e defensivamente.
"É realmente com agrado que, finalmente, se concretizou a vontade de toda a gente – a vontade do Clube, a vontade do capitão e, claro, também fico muito contente por o Nico [Otamendi] ter renovado"
O bom percurso europeu que o Benfica fez, contra adversários de peso, e agora esta vitória contra o Bayern Munique, dá uma confiança extra à equipa?
Ficamos sempre muito gratos, e eu, na minha posição enquanto treinador, sempre que jogo competições internacionais, realmente fico muito grato por poder representar o futebol português. Como disse desde o primeiro dia, estamos a encarar esta competição como se se tratasse de um Mundial de seleções, até mesmo na nossa gestão dos jogadores... Quantas vezes nós já vimos isso, em Mundiais e Europeus, de perceber o momento do jogador. Temos tantas histórias, de Mundiais e de Europeus, de jogadores que não fizeram grandes épocas, mas depois quando chegam estes momentos, em competições mais curtas, tiveram grandes prestações. Estamos a vivê-la nesse sentido, e temos tido essa capacidade de perceber o jogador que chega em melhores condições para poder contribuir com um bom rendimento na equipa. A entrevista e as declarações do Aktür [Aktürkoğlu], ontem [quinta-feira], representam essencialmente isso, a maneira como estamos a viver este momento. Concretamente sobre a sua pergunta: claro que sim. A nossa ambição é fazer sempre mais. Tivemos uma boa prestação na Liga dos Campeões, temos um percurso [no Mundial de Clubes] em que os objetivos iniciais foram claramente atingidos, passámos em 1.º lugar e continuamos com uma ambição enorme de prosseguir na prova. Isto é em termos objetivos. Quanto à evolução da equipa, eu já vos disse, e sinto que os jogadores também têm passado essa mensagem, há alguns momentos do jogo em que temos de crescer, de evoluir. Há uns que vêm com o trabalho – infelizmente esta pré-época vai ser mais curta do que o normal –, há outros que vão evoluir por entrada de um ou outro jogador, mas há uma coisa que tem de ser transversal nesta equipa, e que nós temos de colocar cá fora, que é a nossa agressividade. Esse é um trabalho que temos vindo a fazer, de olhar para a equipa e de sentir que precisa de ser ligeiramente mais agressiva. Aquilo que fizemos no último jogo, frente ao Bayern Munique, uma equipa que aposta muito do seu jogo, principalmente em termos defensivos, nos duelos individuais, e nós, em particular na 1.ª parte, termos vencido mais duelos individuais, quer pelo ar, quer pelo chão, é um bom sinal de que a equipa pode ser realmente mais agressiva em campo.
"Uma vez mais, sinto que preparámos o jogo muito bem"
Já falou em fé, em crença, em superação, em ambição, o Benfica quer chegar longe neste Campeonato do Mundo, e o senhor e os jogadores estão completamente focados nesta competição. O que lhe pergunto é se, por vezes, quando está sozinho, coloca a interrogação "quanto mais longe o Benfica for nesta competição, mais a próxima época pode ficar eventualmente inquinada". "Como vou preparar a Supertaça com o Sporting? Como é que, a seguir, vou preparar a pré-eliminatória da Liga dos Campeões?" – pensa nisso, ou não?
Claro que penso, já está mais do que pensado. Independentemente de onde chegarmos, tenho de dar uns dias de férias a estes rapazes, pelo trabalho que fizeram ao longo da época, não apenas fisicamente, também mentalmente. Alguns deles, realmente, precisam disso. Eventualmente, precisamos todos, porque até mesmo esta competição é dura. É a primeira vez que estamos a vivê-la, nós já estamos há 20, a prever 21 dias, juntos, com as mesmas rotinas. É uma competição dura, quer fisicamente, quer mentalmente, e temos obrigatoriamente de desligar, quer fisicamente, quer mentalmente, para entrar na próxima época. E vai ser um desafio tremendo, porque, no mínimo, os jogadores vão precisar de 10 a 14 dias de férias, e, se o planeamento for esse, vamos ter sensivelmente 17 a 18 dias para preparar a Supertaça, que penso que vai ser jogada numa quinta-feira, e vamos ter esses dias para prepará-la. Vai ser um desafio tremendo preparar a equipa para poder competir, fundamentalmente nos 90 minutos, contra um adversário, que, neste momento, parte em vantagem. Para concluir, acredito, e não quero estar a cometer nenhum erro, que somos a única europeia que se encontra nestas condições, de ter de fazer as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. E isso também nos dá que pensar, aquilo que nós, enquanto equipas portuguesas, temos feito ao longo dos anos, quer em termos de equipa, quer em termos até mesmo de Seleção, e depois olhamos para outros países, o 3.º, o 4.º e o 5.º classificado entram diretamente na Liga dos Campeões, e, no nosso caso, o 2.º classificado tem de fazer duas pré-eliminatórias. Às vezes, nós gostamos muito de olhar para o adversário e desejar que o adversário não vá tão longe nas provas, mas, se calhar, é uma forma de nos unirmos cada vez mais, para termos possibilidade de sermos mais fortes e mais competitivos para entrar nestas competições que nos permitem ganhar dinheiro, que nos possibilita contratar melhores jogadores e sermos mais fortes. Só assim é que podemos competir contra equipas deste nível do Campeonato do Mundo.
"Estamos a aproveitar ao máximo este momento para valorizar e prestigiar o nome do Clube ainda mais"
Falou aqui numa equipa competitiva. Hoje [sexta-feira], no treino de véspera do jogo com o Chelsea, um dos momentos mais marcantes foi a sua conversa com o Presidente do Benfica. Nessa conversa aproveitou para pedir reforços para ter uma equipa mais competitiva, para atacar a Supertaça e essas pré-eliminatórias [da Champions]?
A conversa foi realmente nesse sentido. Tínhamos acabado de contratar o reforço, estava a ser informado de que o Nico, ontem [quinta-feira], já por volta do final da noite, tinha finalmente chegado a acordo com o Benfica, ou seja, tinha finalizado toda a situação, e que hoje [sexta-feira] ia ser anunciado. Por isso, é nesse sentido que estamos todos a trabalhar, nessa orientação de a equipa ser cada vez mais forte e competitiva.
Já o referiu, olha para Aursnes como um homem do meio-campo. Dadas as condições em que o Benfica se encontra nesta altura no Mundial, e com Carreras de regresso depois de ter cumprido castigo, Aursnes volta para ser opção no meio-campo, até porque há a questão do esforço de Renato Sanches e do ombro de Florentino, ou vai-se manter a jogar a defesa-direito?
Essa é a questão, que não vou responder. Mas eu vou abordar a sua questão, porque é muito interessante. O Fredrik [Aursnes] é realmente um jogador fantástico, está a fazer uma temporada muito boa. É, com certeza, um dos jogadores que merecem um descanso prolongado, pela forma como se entrega à equipa, e é um líder por aquilo que faz em campo. Em termos de posicionamento, ele defende como um lateral, mas depois ataca como um médio. Da posição de lateral, vem e coloca-se como médio, ao lado dos médios, e esse também foi um fator para que a nossa capacidade de ter bola, contra o Bayern, tivesse sucesso. Depois, a forma como ele entende os movimentos, porque combina muito bem com o Di María, percebe se o Di María está por dentro ou por fora, e depois faz movimentos, também ele, contrários, ou por dentro ou por fora. Por isso, o desenho do golo é muito bom, porque realmente é a interpretação coletiva daquilo que era a nossa estratégia e, depois, a interpretação individual de cada um dos nossos jogadores, e de o Fredrik perceber o timing de passar e de cruzar, para o Andreas [Schjelderup] aparecer do outro lado e fazer 1-0.
Acha que este Mundial pode servir como uma espécie de afirmação desta equipa de que está no caminho certo e de que Bruno Lage é o homem certo para a comandar? Ou seja, usando uma expressão inglesa, uma espécie de statement que a equipa está a dar, depois de uma época tão difícil, que terminou daquela forma até algo dramática. Este Mundial tem servido para isso: afirmar a equipa e afirmar Bruno Lage no seu lugar?
Todos os momentos, em particular pelo Benfica, pelo seu historial, são de nós prestigiarmos a equipa. A minha posição... eu sei o meu valor, e não é por ganhar mais ou menos jogos que vou ser mais, ou melhor, treinador. Sei qual é o caminho que quero fazer, sei o quanto trabalho. Olho para a equipa, e o meu objetivo, enquanto treinador, é fazer a equipa evoluir. Claro que, para fora, tudo aquilo que forem resultados positivos é diferente, mas o mais importante é nós termos consciência do nosso valor, e estou a falar de mim. Claro que, para o Clube, o Benfica não é grande por vitórias morais, é grande pelas grandes conquistas que fez, quer em Portugal, quer na Europa, quer no mundo. E é como lhe disse, estamos a aproveitar ao máximo este momento para valorizar e prestigiar o nome do Clube ainda mais.
"O Chelsea tem uma equipa muito boa, mas eles também sabem que nós somos uma boa equipa"
De que forma a vitória do Flamengo contra o Chelsea [3-1] lhe mostrou caminhos para também vencer o Chelsea?
Nós analisámos muitos jogos do Chelsea – também da Liga Conferência –, e claro que também analisámos o jogo com o Flamengo. O jogo com o Flamengo é importante, também, para perceber como é que a equipa se comporta – e temos analisado estes jogos do Campeonato do Mundo – nas condições climatéricas em questão, porque realmente isso muda, ligeiramente, a intensidade do jogo. Por isso o jogo foi visto nessa perspetiva.
Olhando para o meio-campo do Chelsea: como avalia o desenvolvimento de Enzo [Fernández] desde que saiu do Benfica? 100 milhões de euros por ele, 100 milhões por Moisés Caicedo, e se dissermos que Cole Palmer também vale 100 milhões... Este meio-campo que vai defrontar é um dos melhores do mundo?
Em dinheiro, talvez [risos]. 100, 100, 100 – é fácil [sorrisos]. Eu não trabalhei com Enzo. Quando ele foi para o Benfica, eu estava no Wolverhampton, e na altura até houve um rumor de que ele poderia ir para os Wolves. Ele foi para o Benfica, teve 6 meses fantásticos e foi para o Chelsea. O Chelsea é uma equipa forte, tem um treinador top, fizeram uma época muito boa, mas para mim o encontro especial não é com os médios, é com Pedro Neto, um dos melhores extremos do mundo. Aquele pé esquerdo, nunca sabemos para onde vai, se vai para dentro, se vai para fora. Pode marcar golos, pode fazer assistências. O Chelsea tem uma equipa muito boa, mas eles também sabem que nós somos uma boa equipa. Espero um excelente jogo.
"Quando olho para os meus jogadores, eles dão-me razões para acreditar que está 50/50 [percentagem de favoritismo]. Por isso, vamos a jogo com essa ambição"
Sentem-se os favoritos ou os outsiders para este jogo? Também quero perguntar se pode dar-me uma confirmação de interesse em João Félix.
Falamos do João Félix desde que ele saiu do Benfica. Ele é um jogador especial para o Benfica, é um jogador especial para mim, mas agora ele está a gozar as suas férias. Talvez nesta altura esteja a dormir, porque está do outro lado do mundo. Por isso, a coisa mais importante para mim é a minha equipa e os jogadores que vão jogar contra o Chelsea. [Favoritos ou outsiders?] Eu percebo a sua questão, mas, quando olho para os meus jogadores, eles dão-me razões para acreditar que está 50/50 [percentagem de favoritismo]. Por isso, vamos a jogo com essa ambição.
Quero perguntar-lhe sobre Enzo Maresca [treinador do Chelsea]. Você já treinou na Premier League, é a 1.ª época dele e teve uma prestação positiva, com um bom final. O que acha do seu desenvolvimento tático e da consistência do estilo de jogo? Porque, durante a época, houve algumas críticas a essa consistência. Que balanço faz do trabalho dele?
Penso que em Portugal somos mais criticados do que em Inglaterra, de certeza [risos]. Fez um trabalho fantástico no Leicester. Teve a chance de trabalhar num grande clube. O mais importante não é o orçamento que ele tem, mas o tempo que tem para construir a equipa forte que quer. Venceu uma competição internacional [Conference League] e... para ganhar a Premier League é preciso ter o momento, e para ter o momento é preciso tempo. Vê-se o Arsenal que tem feito nos últimos 4/5 anos, e ele [Enzo Maresca] tem de fazer o mesmo. Fez uma boa primeira época, e, de certeza, ele sabe como pode melhorar a equipa para continuar neste caminho.